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Cercóspora e ferrugem com os dias contados

 Créditos Shutterstock
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O fosfito é um composto à base de fósforo e macronutriente, que apresenta funções bioquímicas importantes na formação do material genético da planta. Esses produtos podem ser utilizados como fonte de nutrientes para as plantas, uma vez que possuem fósforo em sua molécula.
O fósforo, por sua vez, tem a capacidade de corrigir rapidamente as deficiências nutricionais, tendo resultados positivos com relação à atividade fisiológica das plantas. Além disso, os fosfitos estimulam os mecanismos naturais de defesa contra doenças.
Esse produto se origina do fungicida etil-fosfonato que tem sido formulado em associação a vários sais.
Opções
As opções disponíveis de fosfito no mercado são os de potássio, cálcio, magnésio, cobre, zinco e manganês, sendo o fosfito de potássio o mais utilizado e aceito no mercado atualmente.
Tal composto apresenta basicamente dois mecanismos de ação. Primeiramente agem diretamente sobre as doenças, por apresentar ação fungicida em relação a alguns fungos invasores, causando a morte ou inibição do crescimento do fungo.
Outro mecanismo seria sua ação indireta por meio da ativação dos sistemas de defesa das plantas, sendo capazes de contribuir efetivamente para o controle de patógenos. O fosfito de potássio torna as paredes celulares mais rígidas, o que reduz a infecção por agentes patogênicos, seca e geada.
 Fosfitos associados a fungicidas mostraram aumento na produtividade e diminuição nos níveis da doença - Créditos Shutterstock
Fosfitos associados a fungicidas mostraram aumento na produtividade e diminuição nos níveis da doença – Créditos Shutterstock











Pesquisa
Em experimento realizado na Universidade Federal de Lavras, o fosfito se mostrou eficiente na diminuição da cercosporiose e ferrugem do cafeeiro em mudas e lavouras já implantadas.
Já na cultura da soja, a ferrugem asiática (P. pachyrhizi) causa elevados custos à produção, acarretando diminuição dos lucros do produtor – por isso a importância de seu controle.
Estudos realizados sobre a utilização de fosfitos associados a fungicidas mostraram aumento na produtividade e diminuição nos níveis da doença. É importante salientar que, em alguns casos, o fosfito de potássio reduz a ferrugem, mas não aumenta a produtividade.

Recomendações

O uso de fosfito se tornou mais comum na agricultura, e a sua relação com a indução de resistência a doenças fúngicas se mostrou eficaz. O manejo das doenças com fosfito é significativamente positivo.
De forma geral, a recomendação e a dosagem deste produto, são práticas.De três a seis horas após a aplicação os fosfitos são absorvidos pelas plantas. Na literatura encontramos recomendação de não aplicar mais de 24 kg/ha, para evitar o acúmulo excessivo.
Pode ser aplicado em diversas culturas, como café, soja, milho, algodão, frutíferas, hortaliças, entre outras.
Atenção
A forma mais comum do fosfito é a líquida, mas também podemos encontrar numa forma mais concentrada, a de sais. O emprego do fosfito depende de cada cultura, e doses elevadas têm mostrado que algumas ervas já mostram tolerância, exigindo dosagens cada vez maiores. Geralmente a recomendação fica entre 01 a 02 L ha-1 aos 15 dias após a germinação, aplicação que deve ser repetida no pré-florescimento.
Produto à base de fosfito de potássio
Soja e feijãoAplicar 0,5 L/ha aos 20 e aos 40 dias após emergência.
MilhoAplicar de 0,5 a 01 L/ha entre 20 e 30 dias após emergência.
AlgodãoAplicar 0,5 L/ha aos 20, 40 e 60 dias após emergência.
CaféAplicar 01 L/ha, na fase vegetativa, e demais aplicações após o florescimento, com intervalos de 30 dias.

Observa-se que alguns erros são cometidos na aplicação exagerada, causando acúmulo e desperdício do produto. Importante lembrar que a mistura com outros produtos, como fungicidas, pode causar incompatibilidade, diminuindo a capacidade de eficiência de ambos.

Fonte: Revista campos e negócios

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