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Mostrando postagens de junho, 2017

Novos antibióticos e seu uso no controle do cancro cítrico

A citricultura é considerada uma das principais atividades econômicas brasileiras, gerando receita na ordem de US$ 2 bilhões/ano em exportação de suco (Neves et al, 2010). O suco brasileiro representa mais de 80% do produto consumido no mundo, e o estado de São Paulo é responsável por aproximadamente 80% da produção de laranjas brasileiras. Este sucesso notável poderia ser ampliado caso a citricultura brasileira conseguisse resolver problemas sérios relativos à irrigação, pobreza de solos, pragas e doenças que acarretam flutuações de produção. Das doenças que acometem os citros, duas têm causado grande preocupação: o cancro cítrico e o HLB (huanglongbing/greening), causadas pelas bactérias Xanthomonas citri subsp. citri (X. citri) e Candidatus Liberibacter asiaticus/americanos, respectivamente. O HLB é sem dúvida uma doença grave no momento, por sua altíssima incidência nos pomares e pela inexistência de plantas resistentes ou cura. O cancro cítrico, no entanto, tem força

Pesquisa estabelece controle biológico para principal praga exótica do eucalipto

Fotos Embrapa Florestas O Brasil conta agora com uma forma de controle biológico para o percevejo-bronzeado,  Thaumastocorisperegrinus , praga de origem australiana que causa prejuízos aos plantios de eucalipto. Esse percevejo está presente em todo o território brasileiro, causando problemas especialmente no Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Após oito anos de pesquisa, foi escolhido o parasitoide  Clerucoidesnoackae , uma vespa de aproximadamente 0,5 mm de comprimento, como agente para uso em controle biológico clássico, que utiliza inimigos naturais da mesma região de origem da praga, oferecendo baixo risco ambiental. O principal desafio da pesquisa foi multiplicar o percevejo em laboratório, uma vez que o parasitoide precisa de seus ovos para se reproduzir. “No entanto, devido à inexistência de técnicas para a criação da praga em laboratório, o desenvolvimento de uma metodologia viável tornou-se imprescindível”, explica Leonardo Barbosa, pesquisador da Embrapa Flo

Embrapa contribui com formação de estudantes de pós-graduação em Agronomia da UEMS

  No período de 5 a 9 de junho, estudantes do Programa de Pós-Graduação em Agronomia ( PGAGRO ), da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), campus de Aquidauna, participaram de atividades de ensino teóricas e práticas na Embrapa Agropecuária Oeste. Os estudantes de mestrado e doutorado, com área de concentração em produção vegetal, tiveram aulas condensadas. Alguns pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste lecionam no Programa, pois a Unidade é parceria dessa pós-graduação desde a sua implantação em 2008. Ao longo da semana, os estudantes tiveram aulas com os pesquisadores Julio Cesar Salton e Michely Tomazi na disciplina de ‘Matéria orgânica do solo (MOS) e emissões de gases de efeito estufa (GEE) em sistemas de produção agropecuária’. “Eles puderam conhecer alguns efeitos do manejo e uso do solo sobre MOS em ambiente tropical, com foco nos sistemas de produção do Mato Grosso do Sul; métodos de qualificação do Carbono do solo e o fracionamento da MOS; in

Plantas daninhas como vetores de pragas e doenças na agricultura

Crédito Ana Maria Diniz O cuidado com o manejo das plantas daninhas nas culturas já se mostrou fator importante e decisivo na produtividade obtida pelos agricultores. O que muitas vezes não levamos em consideração é que esse manejo é necessário não só pelos danos que elas causam diretamente às culturas, como competição por espaço, luz, água e nutrientes. As plantas daninhas, quando fora do nível aceitável, ou fora da época aceitável, podem acarretar prejuízos que não se refletem somente na produtividade de determinada cultura, mas também em perdas nos anos agrícolas seguintes e diminuição drástica na margem de lucro devido a medidas de controle atrasadas. As perdas em questão são devido à capacidade das plantas daninhas hospedarem patógenos, insetos pragas ou ainda insetos vetores de patógenos que causem danos às culturas. Dependendo da intensidade de infestação, somente a presença de daninhas já é capaz de causar perdas de até 100% na produtividade. Então, quando se leva e