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Técnicas de corte podem influenciar na produtividade

Crédito Fibria
Crédito Fibria





















Com o novo programa de manejo das áreas florestais, introduzido pelo Ibama, o corte das árvores é seletivo. Deve-se lembrar que este procedimento não é muito comum entre os madeireiros, pois a maioria o desrespeita.
Antes do corte a equipe realiza um planejamento de como fará a exploração e só então entra na mata, corta os cipós mais grossos e faz a orientação da colheita, sinalizando as estradas com estacas ou fitas plásticas. Este procedimento é feito para que depois as máquinas possam realizar a abertura das trilhas com segurança.
Como funciona
O Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) avalia todas as fases da atividade florestal e seleciona as melhores técnicas para cada unidade de trabalho. Para se chegar a um bom PMFS é imprescindível a realização do inventário florestal da área a ser explorada.
Com os dados do inventário em mãos, é hora de verificar a distribuição geográfica das espécies de interesse econômico e traçar a melhor estratégia de corte e extração da madeira do interior da floresta.
Conhecer o relevo da floresta, os cursos d’água, a composição e a estrutura da floresta ajuda o gestor a tomar a melhor decisão sobre a alocação do pátio, o melhor caminho para arraste da madeira, o tamanho da equipe e até mesmo quais maquinários devem ser utilizados. Com o planejamento da colheita evitam-se surpresas, os custos são reduzidos e a maior preservação da biodiversidade ecossistêmica é garantida.
Corte
O corte das árvores é uma das atividades mais sensíveis e durante muito tempo a retirada de uma árvore de interesse econômico significava a destruição de várias outras, gerando um grande impacto ambiental. Mas, atualmente, as colheitas com impacto reduzido ganham cada vez mais espaço e são parte da exigência para se ter certificação ambiental.
Menores impactos na área explorada significam que um novo ciclo de corte pode ser realizado em menor tempo, o que garante maior rendimento por unidade de área. Na prática, isso acontece porque a colheita com impacto reduzido preserva ao máximo as árvores adjacentes.
Com abertura da clareira, as árvores remanescentes irão se desenvolver mais rapidamente, e logo poderão ser exploradas economicamente. A resolução 406 do CONAMA permite que o tempo do ciclo de corte seja reduzido, caso as árvores atinjam o diâmetro mínimo para corte antes do esperado, situação muito provável quando se utiliza a colheita com baixo impacto.
No desmatamento ilegal ou no corte convencional, muitas árvores com potencial de corte futuro são destruídas para retirada de uma única árvore de interesse. O PMFS vai dizer qual o volume a ser explorado de cada espécie e quais árvores serão selecionadas para o corte.
Menores impactos na área explorada significam que um novo ciclo de corte pode ser realizado em menor tempo – Crédito Painel Florestal
Menores impactos na área explorada significam que um novo ciclo de corte pode ser realizado em menor tempo – Crédito Painel Florestal























A seleção
Sugere-se que a árvore tenha no mínimo 50 cm de diâmetro para ser selecionada para corte. O volume de madeira a ser explorado deve ser compatível com o estoque disponível e a taxa de crescimento da floresta.
Já se sabe que várias espécies florestais de interesse comercial possuem polinizador e dispersor de sementes específicos. Isso significa que há uma dependência muito grande entre a árvore e esses animais. Se você retira todas as árvores desta espécie de uma área, o polinizador e o dispersor de sementes tendem a desaparecer.
Por isso, é importante que 10% das árvores de cada espécie, com diâmetro para corte, sejam mantidas na área. Essa prática garantirá a permanência do polinizador e do dispersor, assegurando a reprodução natural da árvore de valor econômico, além de gerar maior produtividade a médio e longo prazos.
Além de não retirar todas as árvores, a queda da árvore deve ser direcionada. A extração das unidades abatidas ocorre de maneira mais econômica e eficiente quando os troncos estão dispostos no mesmo sentido.
Retirada dos cipós
A colheita florestal é dividida em três fases: limpeza, corte e pós-colheita. É na fase de limpeza que ocorre a retirada dos cipós. Não se deve retirar todos os cipós, pois eles também têm importância ecológica.
Sugere-se a retirada apenas dos cipós que estão nas árvores a serem abatidas e na área de queda, desde que atendam aos seguintes critérios: diâmetro igual ou superior a 02 cm e grande resistência mecânica.
Cortar os demais cipós significa maior custo e maior dispêndio de tempo, sem o devido retorno econômico. Funcionários treinados facilmente distinguem quais cipós lenhosos devem ser eliminados realizando dois cortes: um rente ao chão e o outro o mais alto possível.
Passo a passo
As técnicas de corte são intimamente ligadas ao método de extração e devem ser planejadas conjuntamente. Desgalhar a árvore ainda em pé contribui significativamente para a conservação das árvores vizinhas. Neste caso, é necessário que o operador da motosserra escale a árvore e retire o máximo de galhos possível.
Fonte Revista campos e negócios

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