Entre um e outro
O sistema “picker” é superior em relação à qualidade do algodão colhido (mais limpo), a qual é exigida pelo mercado. Os modelos melhorados de “stripper” foram desenvolvidos ou aprimorados pelos fabricantes para reduzir ainda mais as perdas e melhorar a retirada de impurezas, sem, contudo, atingir a qualidade do algodão colhido no sistema “picker”, exigindo adaptações nas usinas de descaroçamento que acabaram não ocorrendo.
Com estas duas questões na produção de algodão, o adensado, que atingiu 123.418 ha na safra 2010/11, assistiu depois desta safra queda constante, notadamente pelo ajuste que ocorreu na produção de algodão na “safrinha” em sistema convencional, com espaçamento de 76 a 90 cm, que hoje ocupa 84,12% da área plantada de algodão em Mato Grosso, na safra 2015/16.
Para ser mais eficaz e assegurar a qualidade, a colheita no sistema “stripper”, além de melhorar a limpeza no sistema, necessita de formação de plantas caracterizadas, como: “short, slender, clean anddry”, ou seja, plantas de pequeno porte (até 1 metro de altura), com hastes finas (cilíndricas), limpas (bem desfolhadas) e secas.
O lançamento de herbicidas pós-emergentes seletivos e das cultivares transgênicas resistentes a herbicidas poderá ser um instrumento importante para a consolidação do plantio adensado, assim como o uso precoce de fitorregulador.
Convencional x adensado
Atualmente, com a produção de algodão cultivado mecanicamente em toda sua etapa, o espaçamento utilizado é aquele exigido pelas colheitadeiras de algodão. A predominância destas máquinas de fusos trabalha com espaçamentos entre 0,90 a 0,76 cm entrelinhas.
O plantio adensado mais utilizado é com espaçamento de 45 a 50 cm, utilizando semeadora de soja para seu plantio.