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Soja sobe em Chicago nesta 4ª feira e, ao lado do dólar, ajuda a puxar preços nos portos do BR



As altas registradas pelos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (3) permitiram também uma retomada das referências de preços da oleaginosa nos principais portos do Brasil. No início da tarde de hoje, o produto disponível subia 1,22% em Paranaguá e 3,14% em Rio Grande, levando os preços a, respectivamente, R$ 83,00 e R$ 82,00 por saca. Para o produto da nova safra brasileira, ganho de 1,91% no terminal paranaense e de 3,23% no gaúcho, com ambos marcando R$ 80,00. 
Paralelamente às altas da CBOT, o dólar também buscava manter um movimento de alta nesta quarta-feira frente ao real e contribuía, portanto, para o avanço das cotações no mercado interno. Por volta de 12h20 (horário de Brasília), a divisa subia apenas 0,28%, mas marcava R$ 3,275. A Reuters informa que os temores do mercado de que o presidente interino Michel Temer não consiga aprovar parte do ajuste econômico no Congresso Nacional estão no foco principal dos investidores hoje. 
"Está crescendo a desconfiança do mercado de que não vai ser nem um pouco fácil para o governo conseguir apoio no Congresso para as medidas necessárias", disse à Reuters o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago, os ganhos entre os principais vencimentos, por volta de 12h15 (horário de Brasília), variavam entre 4 e 10,75 pontos, com o contrato novembro/16, referência para a safra americana, sendo negociado a US$ 9,57 por bushel. Na máxima do dia, porém, a posição chegou aos US$ 9,66. 
Os futuros da oleaginosa voltaram a subir na sessão de hoje, após dois dias consecutivos de baixas expressivas e, segundo explicam especialistas, registrando um movimento de correção técnica, com os fundos aproveitando o recuo recente para recompor parte de suas posições, de acordo com informações de agências internacionais. 
"Os futuros da soja, do trigo e do milho estão encontrando suporte na 'busca de barganhas' e nas compras técnicas (por parte dos fundos) depois de pressão causada sobre as cotações pelas perspectivas de uma grande safra vinda dos Estados Unidos", explica o agroeconomista ABN AMRO Bank, Frank Rijkers, à agência de notícias Reuters.  
O mercado futuro norte-americano recebeu ainda nesta quarta-feira um estímulo vindo de mais notícias positivas da frente da demanda, com novos anúncios de vendas por parte dos EUA. Foram 256,2 mil toneladas de soja em grão para destinos não revelados, sendo 66 mil da safra 2015/16 e mais 190,2 mil da 2016/17. Os EUA venderam também 441 mil toneladas para a China, com todo o volume sendo da safra nova. Ao todo, somente esta semana, as vendas norte-americanas de soja - entre os dois anos comerciais - já totalizam 1.340,2 milhão de toneladas. 
Ao mesmo tempo, a pressão trazida pelas boas condições de clima no Meio-Oeste americano reforçam as projeções de uma safra recorde nesta temporada 2016/17 e, frente a isso, a influência do mercado climático até que o seu desenvolvimento se consolide, em cerca de mais cinco semanas, como explicam analistas. 
Segundo o executivo do ABN, as preocupações com o clima em determinados momentos do desenvolvimento da nova safra americana já foram amenizados nos últimos dias, principalmente depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) aumentou para 72% seu índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições. 
"Acredito que a força de hoje vem dessa procura dos fundos por barganhas e não de qualque mudança entre os fundamentos neste momento. Os fatores negativos parecem ser, no curto prazo, dominantes já que continuam as previsões de uma grande safra vinda dos EUA", diz Rijkers. 

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