Pular para o conteúdo principal

Considerada extinta há 18 anos, árvore guarajuba é encontrada em Niterói

O pesquisador Caio Baez e o coordenador do inventário florestal do estado do Rio, Telmo Borges

O nome científico é Terminalia acuminata, mas também pode ser chamada de guarajuba. A árvore de troncos largos na base e mais finos na parte superior já foi considerada endêmica, ou seja, ocorria muito em terras fluminenses, mas foi considerada extinta em 1998 pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), autoridade mundial em listas de espécies em extinção. A boa notícia é que a planta foi redescoberta e agora compõe a paisagem do Parque Estadual da Serra da Tiririca, em Itacoatiara, Niterói, Região Metropolitana do Rio.
— Um dos pesquisadores do Jardim Botânico, Eduardo Fernandez, escolheu a guarajuba como tema do seu mestrado. O último registro que tínhamos dela é de 1942, quando foi coletada em Maricá. Fomos ao local e não encontramos. Ano passado, outro pesquisador, Pablo Viany, passou informação sobre a espécie no Parque Natural Municipal de Grumari, e lá conseguimos achar. Passamos a ir em outros lugares e, para nossa felicidade, encontramos na Tiririca — explica Caio Baez, pesquisador do Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim Botânico.
Ramo da guarajuba na Tiririca
Ramo da guarajuba na Tiririca Foto: Fábio Guimarães / Extra
Mas as descobertas não pararam por aí. A guarajuba também foi achada no Parque Estadual do Mendanha, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense; no Parque Nacional da Tijuca e no Parque Natural Municipal da Cidade, na Gávea. Agora, a espécie fará parte de um projeto, com outras 903 plantas, que tem como objetivo a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção.
— A finalidade do projeto é a preservação total dessas plantas mais raras. Temos uma flora muito rica e pouco conhecida. Através disso poderemos ter mais detalhes sobre essas espécies. Não podemos deixar que desapareçam — diz o coordenador do inventário florestal do estado do Rio de Janeiro, Telmo Borges.
A árvore no Parque Estadual da Serra da Tiririca
A árvore no Parque Estadual da Serra da Tiririca Foto: Fábio Guimarães / Extra
Outro plano de ação do projeto é a criação de um aplicativo para celular:
— A ideia é que o aplicativo tenha informações sobre as plantas. Assim, a população terá dados sobre elas e poderá reconhecê-las na natureza.
Pesquisadores acreditam que um dos motivos para o desaparecimento da guarajuba tenha sido a sua utilização desenfreada na fabricação de embarcações e de móveis.
— As madeiras para estas finalidades precisam ser leves e de boa qualidade para que durem bastante. E a espécie tem essas características. Por isso, acreditamos que a árvore tenha sido muito extraída, chegando ao ponto de ser considerada em extinção — explica Baez.

Postagens mais visitadas deste blog

Depredação do patrimônio público escolar é CRIME e pode causar pena de detenção por até 6 meses

O que é Patrimônio Público segundo a Lei Nº 4.717/65? É o conjunto de bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico, pertencentes aos entes da administração pública direta e indireta. Segundo a definição da lei, o que caracteriza o patrimônio público é o fato de pertencer ele a um ente público – a União, um Estado, um Município, uma autarquia ou uma empresa pública. O que diz o Código Penal (Lei Nº 2.848/40) sobre Dano ao Patrimônio Público? Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único - Se o crime é cometido: I - com violência à pessoa ou grave ameaça; II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave; III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima Pen...

Estádios fenológicos e marcha de absorção de nutrientes da soja.

Autoria:  OLIVEIRA JUNIOR, A. de; CASTRO, C. de Confira neste material:  Estádios fenológicos: fase reprodutiva (crescimento indeterminado e determinado); fase vegetativa. Marcha de absorção de nutrientes da soja: macronutrientes (nitrogênio, cálcio, fósforo, magnésio, potássio e enxofre) e micronutrientes (Boro, manganês, cobre, zinco). Extração e exportação de macro e micronutrientes em diferentes cultivares de soja: BRS 184, SYN 1059, DM 6563 - Intacta RR2 PRO (tm).

#RELEMBRE HISTÓRIA : Arado de tração animal

             Por volta de 5000 a.C., o ser humano cansou de vagar em busca de terras boas para o cultivo e de depender de minhocas para preparar o solo. Nossos antepassados usavam galhos de árvores para afofar o solo e fazer sulcos onde eram colocadas as sementes, como enxadas primitivas.        Como nessa época o ser humano já havia dominado a metalurgia e a domesticação de animais, inventou um utensílio feito com galhos bifurcados (que depois recebeu uma pedra afiada na ponta) que, puxado por animais, arava a terra.Os sumérios foram os primeiros a utilizarem arados tracionados por animais.         Como o arado comum sempre tomba a terra para um mesmo lado,é impossível ter-se linhas consecutivas trabalhadas em sentidos inversos, que estragariam o terreno. Usam-se então esquemas para dividir a área em glebas, arando umas na ida e outras na volta. É preciso t...