Pesquisador americano apresentou as vantagens da tecnologia no Congresso Brasileiro de Sementes
Uma das principais novidades tecnológicas da agricultura contemporânea é a utilização de drones no sistema de produção de sementes. O tema foi abordado no segundo dia (15) do 19º Congresso Brasileiro de Sementes pelo professor e pesquisador americano Kevin Price. A palestra foi coordenada pelo professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Silmar Teichert Peske.
De acordo com Price, o uso dos drones possibilita uma visão muito maior e mais abrangente da cultura. “Os drones nos dão a possibilidade fazer muito mais trabalho em muito menos tempo”, reiterou Peske. Segundo ele, é possível cobrir de 200 a 400 hectares de uma lavoura em apenas um dia de trabalho.
O coordenador da palestra explicou que essa tecnologia pode realizar o monitoramento das plantas por meio da quantidade de clorofila ou do formato. O que permite identificar prematuramente certas doenças ou observar os estágios de maturação das plantas de forma rápida e eficaz em toda a lavoura. A diferença de coloração – causada por doenças ou diferentes estágios de maturação – pode ser detectada pelas imagens captadas pelo drone, que têm alta resolução, permitindo análises meticulosas.
Segundo Price, o custo deste tipo de tecnologia varia. “Depende se o produtor adquire todo o equipamento e contrata pessoal – incluindo profissionais habilitados que operem o drone e analisem as imagens – ou se ele terceiriza todo esse serviço. Já a aeronave pode custar de mil a 50 mil dólares e o software de 3.500 a dez mil”, estimou.
O investimento, de acordo com Peske, vale a pena. “Para a área de melhoramento, este é um dos principais avanços. Essa tecnologia permite que apenas um profissional analise milhares de parcelas em um ou dois dias”, afirmou.
No entanto, para fazer o uso da tecnologia é preciso seguir algumas regras. O professor da UFPel, Silmar Teichert Peske, explica que, nos EUA, para não representarem risco aos aviões, é exigido que os Drones voem a, no máximo, 130 metros. Ele explica também que a velocidade atingida pelos dispositivos gira em torno de 50 a 60 quilômetros por hora.
Fonte: Ascom/Congresso de Sementes