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“Cupins são mocinhos, não vilões”, diz pesquisadora da UEMS



Conhecidos como grandes vilões por interferirem na paisagem estética do campo e por atacarem casas, os cupins são na verdade indicativos de grande fertilidade do solo. É o que afirma a pesquisadora do Laboratório de Ecologia Comportamental (LabECo) da UEMS, Dra. Juliana Toledo Lima, especialista no estudo do comportamento destes insetos.

Segundo a pesquisadora, os cupins são os maiores macro decompositores invertebrados (sem ossos) do mundo, ou seja, os insetos que mais conseguem devolver nutrientes para o solo. “Eles decompõem toda matéria de origem vegetal (com celulose) - grama, folhas, árvores, troncos caídos de árvores - e devolvem na forma de fezes. E estas fezes são absolutamente ricas em nutrientes e matéria orgânica que se aderem ao solo, então todo solo que tem cupim é extremamente fértil”, enfatiza.  

No mundo há cerca de 2,9 mil espécies conhecidas de cupins, sendo que aproximadamente 300 destas espécies podem ser encontradas no Brasil. Deste universo total, menos de 10% podem, efetivamente, ser tratadas como pragas, ressalta a Dra. Juliana.

Além disso, quando estão em seu ambiente natural, os cupins não atacam as casas ou madeiras da propriedade rural, já que outras fontes alimentares estão naturalmente disponíveis para consumo. De acordo com Juliana, eles só se tornaram pragas no momento em que seu ambiente natural foi destruído. “A permanência dos cupins nestes pastos é válida e importante, uma vez que eles estão fornecendo nutrientes para estas gramas crescerem e servirem de alimentos para os gados. No entanto, em ambientes urbanos, os cupins são considerados pragas por atacarem a estrutura de prédios, casas, dentre outros, e como são estes cupins que causam prejuízo muito grande no bolso, a fama deles se espalhou”. 

Cuidado com inseticidas 

Caso o produtor rural opte pela agricultura, provavelmente os ninhos dos cupins serão um problema causando prejuízos quando as máquinas agrícolas forem passar pelo local, contudo é preciso tomar cuidado no uso de inseticidas.

“O controle dos ninhos de cupins nas propriedades rurais geralmente é fácil, pois eles normalmente estão todos concentrados numa mesma área, mas é necessária uma estratégia de manejo de forma consciente, porque se uma quantidade muito grande de inseticida for aplicada no local, este veneno pode ser aderido ao solo e captado pelas plantas ou até mesmo ser levado para reservatórios de água (açudes, rios, lagos), e como consequência nós, a população, vamos nos alimentar de produtos que contenham resíduos de inseticidas”, alertou a Dra. Juliana T. Lima.

O foco dos estudos da UEMS é determinar qual é a “impressão digital” das espécies de maior ocorrência em Mato Grosso do Sul. “Cada espécie de cupim consegue se diferenciar da outra por meio destas substâncias químicas que são produzidas e estão espalhadas sobre o seu corpo, que corresponde à identidade digital de cada um. Trabalhamos com comportamento animal, então iremos fazer vários testes para ver qual é o grau de tolerância entre indivíduos de diferentes espécies ou colônias”, explicou a pesquisadora.

Fonte UEMS/SITE

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