A falta de precipitação em meses
tradicionalmente chuvosos, como janeiro, está afetando diretamente a
agricultura familiar em Minas Gerais, principal responsável por colocar
comida na mesa do brasileiro. “A seca nesta época do ano causa perdas
para os pequenos produtores de 20%. Em algumas culturas, podemos falar
de perdas que podem chegar a 100%, caso do milho, que foi plantado em
novembro e deveria ser colhido no máximo em fevereiro”, afirma o
presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de
Minas Gerais (Fetaemg), Vilson Luiz da Silva.
“Sem água, os grãos não se formam e o milho
não fica bom o suficiente para consumo humano. Se não chover, o que
formar do milho vai para o gado”, lamenta Silva. Ele enxerga esse quadro
em várias regiões do Estado. “Antigamente era só no Norte, mas agora é
geral, aqui na grande Belo Horizonte, no Nordeste e na Zona da Mata”,
afirma.
Uma das consequências do gado ser alimentado
com o milho é o aumento do preço da carne. “Como as pastagens também
estão secas, se não voltar a chover, o gado será alimentado com ração,
feita do milho. Isso encarece o quilo da carne”, explica o analista de
agronegócios da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais
(Faemg), Caio Coimbra.
O secretário Municipal de Meio Ambiente e
Turismo de São Roque de Minas, André Picardi, descreve a mesma situação
na zona rural da cidade, que fica na região da serra da Canastra. “A
produção de milho está muito comprometida pela falta de chuvas”, afirma.
“O produto aqui já é dirigida para a silagem, ou seja, para a
alimentação de criação. Mas se não chove, esta produção cai e os preços
sobem”, argumenta o secretário. “O que preocupa é que para esta época do
ano o volume de chuvas está muito baixo. Isto pode significar um
período de seca mais acentuado do que o do ano passado”, argumenta
Picardi.
Coimbra salienta que a situação é a mesma em
toda Minas Gerais. “O Estado inteiro, sem exceção, enfrenta as poucas
chuvas e em algumas regiões a situação é mais crítica, sem chover há
cerca de 30 dias, como a região Norte”, afirma o analista da Faemg. Caso
a situação permaneça como está até o fim do mês, Coimbra acredita em
“quebra de safra”. Segundo o analista havia expectativa de supersafra na
agricultura e na pecuária, porém agora será necessário esperar. “Ainda
não temos os números da safra 2014/2015 para compararmos com 2013/2014,
por isso não podemos afirmar ainda que houve prejuízo”, analisa. “Pode
ser que a agricultura não tenha perdas drásticas se chover nos próximos
10 dias, mas não sabemos se isso vai acontecer”, completa.
Entre os produtos prejudicados pela ausência
de chuvas e cultivados pela agricultura familiar também estão as
verduras e frutas, segundo Coimbra. “As culturas que não têm irrigação
poderão ser afetadas sem a chuva. Já os grãos e algumas frutas, como o
abacaxi, são mais resistentes”, diz.
Apuração
Investigação. A estatal Furnas, controlada pela Eletrobras, informou que ainda apura as causas do curto-circuito que deixou 257 mil imóveis do Distrito Federal sem energia na manhã desta quinta
Investigação. A estatal Furnas, controlada pela Eletrobras, informou que ainda apura as causas do curto-circuito que deixou 257 mil imóveis do Distrito Federal sem energia na manhã desta quinta
FONTE:SITE O TEMPO
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