Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que
considera as vendas externas de frango inteiro e cortes congelados,
industrializados, carnes salgadas e miúdos. O saldo é recorde e ficou
acima da projeção da entidade, que estimava um crescimento de 2,5%, ou
3,99 milhões de toneladas no ano passado.
Em receita, as
exportações somaram US$ 8,08 bilhões, ligeira queda de 0,2% ante os US$
8,09 bilhões arrecadados em 2013. No entanto, o resultado também superou
as expectativas da ABPA, que esperava uma receita de US$ 7,94 bilhões
em 2014.
Com a desvalorização do real no período, especialmente
no segundo semestre, a receita convertida em reais mostra elevação de 9%
na comparação anual, com um desempenho recorde de R$ 19 bilhões.
Segundo
dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC) divulgados na segunda-feira, dia 5, apenas as exportações da
carne de frango in natura totalizaram 3,64 milhões de toneladas,
crescimento de 2,4% em relação a 2013. Em receita, houve retração de
1,6%, com US$ 7,004 bilhões.
Destaques da exportação
De
acordo com a ABPA, a demanda russa foi um dos principais destaques do
ano passado para o setor. Com um maior número de empresas brasileiras
habilitadas a exportar para a Rússia em função das sanções aplicadas por
Estados Unidos e União Europeia, as exportações de carne de frango para
o mercado russo mais que dobraram (+164,2%) em 2014, totalizando 124,9
mil toneladas.
Ainda segundo a entidade também houve crescimento
expressivo nos embarques para a Venezuela (+24,6%), Angola (+20,8%),
China (+20%) e Emirados Árabes (+4,9%).
O mercado chinês, segundo o
vice-presidente de aves da ABPA, Ricardo Santin, se consolidou no
período como um dos maiores parceiros comerciais das companhias
exportadoras de frangos do Brasil. Em nota, ele informou que as cinco
plantas habilitadas em 2014 foram determinantes para o saldo de 227,5
mil toneladas no ano, com quase 20% de crescimento.
Perspectivas para 2015
Para o próximo ano, a estimativa da ABPA é de um crescimento de 3% no volume de carne de frango exportado pelo Brasil.
–
Além da retomada dos níveis dos embarques para a Rússia, temos em vista
a habilitação de oito novas plantas para exportações de carne de frango
para a China. Estas plantas já foram aprovadas e apenas aguardam que a
autorização para exportar seja oficializada – disse o presidente da
associação, Francisco Turra
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