Pular para o conteúdo principal

UEMS faz parceria com criador para preservação do bovino pantaneiro

Criador de bovino pantaneiro de Jardim faz parceria com a UEMS
Em risco de extinção, o bovino pantaneiro tem sido pesquisado pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em Aquidauna, que fez parceria com criadores do gado  tanto para análises, como para aumento de animais da espécie. 
Trabalhando em parceria com o criador Marcus Antônio Ruiz, o pesquisador e professor da UEMS de Aquidauana, Marcus Vinícius de Oliveira, realiza experimentos para identificar animais com potencial genético para leite dentro da raça. Já que o gado pantaneiro, conhecido também como tucura, é considerado um espécie em extinção, mas tem relevância por sua história e importantes características - como a rusticidade e a resistência a doenças.
"Vale lembrar que esse grupo genético não sofreu nenhum trabalho de seleção e melhoramento até hoje", diz Marcus Vinícius – como sofreu, por exemplo, a raça Girolando. Mesmo assim, o pesquisador afirma que identificou uma produção leiteira que já é superior à média do MS: cerca de  5 kg/dia, em comparação com os 2,2 kg/dia produzidos no estado.
O produtor rural Marcus Ruiz, de Jardim, herdou do pai algumas cabeças de gado pantaneiro, a princípio foi criticado, pois na região o predomínio é da raça Nelore, com muitos produtores e raça selecionada. Contudo, tempos depois descobriu, por meio de um livro da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que tinha em mãos o gado que foi o início da força da pecuária do Brasil e do Mato Grosso do Sul.
Pela internet encontrou o site da UEMS e o projeto com o gado, entrou em contato e o pesquisador, Marcos Vinícius,  visitou a fazenda que tem 22 cabeças do bovino Pantaneiro. “O gado corre risco de extinção, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul são menos de mil cabeças e existe o interesse governamental na manutenção desta bagagem genética, inclusive porque este gado tem uma alta tolerância ao carrapato, que hoje é um inibidor do crescimento da pecuária de leite em muitos lugares”, explicou o professor da Universidade ao criador.  
O produtor rural hoje é parceiro do projeto da UEMS, junto à Embrapa,   o Centro Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen)  de Brasília e a Fundação de Apoio Universitário (FAU). “As vacas vão para Aquidauana, onde irão entrar no programa de seleção, serão coletados os óvulos e fertilizados em touros do Pantanal, que não tem contato direto com o ser humano. Os sêmens serão retirados com duas vertentes, a leiteira e de carne, para se aproveitar o que a raça tem de melhor, que é a rusticidade. E quem sabe nesta vaquinha pequena e desvalorizada, que significava animal sem raça e sem valor, esteja a grande resposta para a pecuária do mundo para os próximos anos”, disse o produtor, Marcus Ruiz.
De acordo com o criador, a raça é considerada precoce, pois as fêmeas entram no cio mais rápido depois do parto, além do problema quase inexistente da retenção de placenta, também os bezerros machos - com dois anos - já têm a possibilidade de emprenhar as fêmeas.
Clique aqui para visualizar o vídeo com a entrevista do criador, Marcus Ruiz. 

fonte UEMS

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Depredação do patrimônio público escolar é CRIME e pode causar pena de detenção por até 6 meses

O que é Patrimônio Público segundo a Lei Nº 4.717/65? É o conjunto de bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico, pertencentes aos entes da administração pública direta e indireta. Segundo a definição da lei, o que caracteriza o patrimônio público é o fato de pertencer ele a um ente público – a União, um Estado, um Município, uma autarquia ou uma empresa pública. O que diz o Código Penal (Lei Nº 2.848/40) sobre Dano ao Patrimônio Público? Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único - Se o crime é cometido: I - com violência à pessoa ou grave ameaça; II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave; III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima Pen...

Estádios fenológicos e marcha de absorção de nutrientes da soja.

Autoria:  OLIVEIRA JUNIOR, A. de; CASTRO, C. de Confira neste material:  Estádios fenológicos: fase reprodutiva (crescimento indeterminado e determinado); fase vegetativa. Marcha de absorção de nutrientes da soja: macronutrientes (nitrogênio, cálcio, fósforo, magnésio, potássio e enxofre) e micronutrientes (Boro, manganês, cobre, zinco). Extração e exportação de macro e micronutrientes em diferentes cultivares de soja: BRS 184, SYN 1059, DM 6563 - Intacta RR2 PRO (tm).

#RELEMBRE HISTÓRIA : Arado de tração animal

             Por volta de 5000 a.C., o ser humano cansou de vagar em busca de terras boas para o cultivo e de depender de minhocas para preparar o solo. Nossos antepassados usavam galhos de árvores para afofar o solo e fazer sulcos onde eram colocadas as sementes, como enxadas primitivas.        Como nessa época o ser humano já havia dominado a metalurgia e a domesticação de animais, inventou um utensílio feito com galhos bifurcados (que depois recebeu uma pedra afiada na ponta) que, puxado por animais, arava a terra.Os sumérios foram os primeiros a utilizarem arados tracionados por animais.         Como o arado comum sempre tomba a terra para um mesmo lado,é impossível ter-se linhas consecutivas trabalhadas em sentidos inversos, que estragariam o terreno. Usam-se então esquemas para dividir a área em glebas, arando umas na ida e outras na volta. É preciso t...