Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2017

O terror volta à ativa – Helicoverpa armigera ataca soja

Helicoverpa armigera – Crédito-Sebastião-José-de-Araújo Para quem pensou que a  Helicoverpa armigera  era caso vencido, se assustou com a informação divulgada dias atrás sobre um escape dessa praga em soja Intacta RR2 Pro®, soja com o gene do  Bacillus thuringiensis  que controla alguns grupos de lagartas, pragas da soja, juntamente com o gene de tolerância ao herbicida glifosato designada como RR2. Lançada há quatro anos, com praticamente 60% do mercado brasileiro nesta safra, esta tecnologia começou a apresentar falha no controle da  H. armigera , identificado em Chapadão do Céu (GO) pela Fundação Chapadão em 22/11/2017. A evolução da praga Esta lagarta foi identificada no Brasil em 2013 em várias lavouras de algodão, soja e milho, e a partir daí se começou a dar grande ênfase a ela. Na mesma época, entramos em contato com pesquisadores da Ásia e Oceania, onde esta praga já estava presente há alguns anos. Entre os pesquisadores, havia alguns n

O papel do solo para a produção mundial de alimentos será debatido no Brasil em 2018

CréditoShutterstock A cidade do Rio de Janeiro vai receber mais de 8 mil profissionais de 130 países, entre os dias 12 e 17 de agosto de 2018, quando acontecerá o XXI Congresso Mundial de Ciência do Solo (21 st  WCSS), promovido pela International Union of Soil Science e organizado pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS), tendo como tema “Ciência do solo: para além da produção de alimentos e de energia”. De acordo com o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Flávio Camargo, presidente do 21WCSS, “o país e o mundo têm uma trajetória consolidada na produção de biomassa, que é a função primordial do solo. Entretanto, se as outras funções do solo não forem debatidas, consideradas e priorizadas, poderemos comprometer a sustentabilidade desta produção e da vida no planeta”. O evento, que terá como sede o Windsor Covention & Expo Center (Barra da Tijuca), trará para o Brasil cientistas como o norte-americano Rattan Lal, presidente da União Internacio

Novo microrganismo produz enzima de interesse industrial com mais sustentabilidade

Crédito Shutterstock A Embrapa Agroenergia (DF) desenvolveu um microrganismo geneticamente modificado que atua como biofábrica capaz de produzir um insumo utilizado nas indústrias de biocombustíveis, alimentos, bebidas, papel e tecidos. Esse insumo, as betaglicosidases, é um grupo de enzimas que atuam na última etapa da degradação da celulose de vegetais como algodão, cana-de-açúcar e eucalipto. O centro de pesquisa depositou pedido de patente da tecnologia, desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Atualmente, a produção comercial de betaglicosidades é feita principalmente por fungos ou bactérias, que necessitam consumir açúcar ou outra fonte de carbono para crescer. A novidade é que os pesquisadores conseguiram fazer com que essas enzimas sejam produzidas por outro tipo de microrganismo, uma cianobactéria. Isso é vantajoso justamente porque elas não precisam ser “alimentadas” com açúcares. Semelhantes a microalgas,

A importância das Práticas conservacionistas do solo e da água

     A base para uma produção agrícola altamente produtiva sem duvidas é um solo que tenha as características químicas, físicas e biológicas em equilíbrio. Com uso intensivo do solo, aliado ao mau manejo leva a queda da sua capacidade produtiva e propenso a ocorrer erosão, sendo necessário tomar algumas decisões técnicas para recuperação, e é então que entra as práticas conservacionistas.      Algumas técnicas mais recomendadas são plantio direto, cultivo minimo, rotação de culturas, calagem, adubação verde, plantio em nível, pastagem, adubação orgânica, rotação de culturas entre outras.    Mas como faço a escolha da técnica que devo utilizar? Depende da situação ambiental e socioeconômicas da propriedade, o importante é que elas sejam aplicadas mesmo que haja limitação financeira por exemplo, podemos citar o uso da rotação de culturas que ira fornecer uma estruturação de solo melhor, matéria orgânica diversificada, tornando o sistema produtivo mais eficiente.     Portanto as

Aplicação de Cobalto e Molibdênio na Soja

Já realizou o semeadura da sua lavoura de soja?. Mesmo após a semeadura você ainda pode ter benefícios da aplicação de Cobalto- Co e  Molibdênio- Mo, é que estes existe a recomendação de aplicação foliar nos estádios V3 e V5, segundo pesquisas da Embrapa, e a quantidade geralmente é bem pouca, são de 2 a 3 gramas de cobalto por hectare e de 12 a 30 gramas de molibdênio por hectare, e os benefícios são animadores. Mais porque o Mo e Co é tão importante?  É que eles tem função muito importante na FBN- Fixação Biológica de Nitrogênio, que é muito essencial para suprir as necessidades de nitrogênio para a cultura,a bactéria que faz a conversão do N2 do ar é a Rhizobium e esta necessita de Molibdênio como carreador de elétrons, já o Cobalto forma a Vitamina B12. Portanto o Mo é importante para realização da redutase do Nitrato, que é a redução do NO3, para que a planta absorva o N . João Paulo

Conheça os tipos de crescimento da soja

Crescimento determinado e indeterminado são os dois tipos predominantes apresentados pelas plantas de soja. Entende-se por planta de soja de crescimento determinado aquelas que têm suas fases reprodutivas, ou seja, floração, formação de vagem e enchimento de grãos bem definidas. Estes materiais, após o florescimento, têm pouco crescimento, algo em torno de no máximo 10 a 15%, sendo que este crescimento é simultâneo desde a base até o topo da planta. As plantas de soja deste grupo têm seu maiorpotencialexternadoquando são semeadas dentro daépocaconsiderada ótima, ou seja, do último decêndio de outubro ao primeiro decêndio de dezembro, considerando todas as regiões do País onde se tem cultura de soja.Fora deste período, têm-seplantascomfloraçãoprecoce, de porte baixo e com baixa produtividade. Plantas de crescimento indeterminado têm como principal característica continuarem o crescimento após o início do período reprodutivo, ou seja, após o início da floração. Assim sendo,pode-s

Tomate sem semente já é realidade

Crédito Shutterstock O comportamento do consumidor tem pautado decisões nos mais diversos setores econômicos, entre eles a agroindústria. Diante da premissa de atender necessidades e desejos de uma sociedade cada vez mais segmentada, novos produtos são lançados explorando aspectos sensoriais. No caso dos alimentos, a palatabilidade, aliada ao modo de vida que privilegia saúde e bem-estar, tem direcionado investimentos em tecnologia e o foco de cientistas. Um estudo desenvolvido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) promete chamar a atenção de consumidores e da agroindústria. No Laboratório de Genética Molecular e Desenvolvimento de Plantas, um grupo de pesquisadores produziu algo que nem a dona de casa, nem a maioria da comunidade científica poderia imaginar: tomate sem sementes. Segundo o pós-doc Eder Marques Silva, a transição da etapa de florescimento para a formação do fruto, processo chamado de frutificação, é essencial para assegurar o sucesso re

Semeadura antecipada da soja é tendência

Crédito Shutterstock A semeadura antecipada da soja é uma estratégia utilizada para reduzir a incidência de doenças e pragas no final do ciclo ou para semear o milho de segunda safra em sucessão à soja o mais cedo possível. A janela ideal de plantio de soja na região do Mato Grosso, por exemplo, se dá no final de setembro, mês de outubro e primeira dezena de novembro (sendo a última já de risco de ferrugem e mosca-branca). Quanto à semeadura antecipada, acontece entre o dia 15 de setembro, quando encerra o vazio sanitário, a início de outubro. Neste último caso, o produtor tem como vantagens: favorecer a janela de plantio de algodão, de milho safrinha ou outra cultura na segunda safra (girassol, sorgo), reduzir o risco de pressão de ferrugem e mosca-branca no final do ciclo na cultura da soja. Ainda, e não menos importante, alguns produtores alcançam melhores preços da soja no mês de janeiro. Paulo Sérgio de Asunção, engenheiro agrônomo e produtor r

Nova espécie de árvore é descoberta na Serra da Mantiqueira

Fotos Instituto Florestal Pesquisadores do Instituto Florestal (IF) descobriram uma nova espécie de árvore na Serra da Mantiqueira. A  Ocoteamantiqueirae  faz parte da família das Lauraceae, conhecidas popularmente como canelas, e foi encontrada em uma área de difícil acesso, no município de Pindamonhangaba (SP). Mas como se dá o processo da descoberta de uma nova espécie botânica? Os pesquisadores científicos do IF, Frederico Arzolla, João Batista Baitello e Francisco Vilela contam como foi esse processo. O processo da descoberta Em 2005, o pesquisador Frederico Arzolla estava procurando uma área para realizar sua pesquisa de doutorado. Tendo trilhado por vários pontos da Serra da Mantiqueira, soube pelo seu colega pesquisador do IF, Alexsander Antunes, da Fazenda de São Sebastião do Ribeirão Grande no município de Pindamonhangaba, pertencente ao Grupo Votorantim (Fibria Celulose S.A). “Eu queria estudar as florestas alto-montanas. Conversei com o pessoal da empresa

Gene para produção de tomates grandes e suculentos é identificado

Os agricultores podem cultivar tomates grandes e suculentos, graças a uma mutação no gene do regulador de tamanho celular que ocorreu durante o processo de domesticação de tomate.  Esther van der Knaap da Universidade da Geórgia, Atenas e colegas descrevem esta variante genética em um estudo publicado em PLOS Genetics, de acesso aberto, em 17 de agosto de 2017. Quando os seres humanos começaram a cultivar o tomate selvagem nas regiões montanhosas andinas do Equador e do Norte do Peru, eles continuamente selecionaram plantas que produziram frutos maiores.  Agora, milhares de anos depois, os tomates no mercado podem pesar 1000 vezes mais do que os frutos de seus antepassados.  No estudo atual, os pesquisadores investigaram um gene que eles chamaram de Regulador de tamanho de célula, ou CSR, que aumenta o peso do fruto ao aumentar o tamanho das células individuais no pericarpo, que é a parte carnuda do tomate. Em comparação com os tomates selvagens, as variedades domésticas p

Big Data na agricultura: O futuro digital

O agronegócio está passando por profundas transformações nos últimos anos, graças ao rápido avanço da tecnologia. Conceitos como agricultura de precisão, Big Data e IoT (internet das coisas) estão cada vez mais presentes no dia a dia dos produtores brasileiros. Paralelamente, existe uma grande preocupação que cerca o setor. A população mundial continua crescendo, portanto a produção de alimentos também deve aumentar ― de modo a evitar que a fome e a desigualdade se alastrem ainda mais, castigando países inteiros. Essa evolução depende de vários fatores, incluindo o uso racional dos recursos naturais, as mudanças climáticas e a otimização de todas as etapas dessa cadeia produtiva. Entretanto, é preciso cuidar também da infraestrutura, da logística e das redes de distribuição. Para superar todos esses obstáculos, os agricultores devem adotar uma gestão moderna e enxuta, capaz de garantir mais produtividade e rentabilidade. Para tanto, é preciso implementar soluções